15 agosto, 2007

Escola Digital de Magia Quântica!

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O fim de Harry Potter (e a importância do design)

É uma pena que a série está no fim. Os fãs estão cada vez mais inventivos:


A foto acima
foi tirada na fila de lançamento do livro em Londres, e, pela cara de quem leva o cartaz, acredito que ainda não tenha lido o livro. Mas que é engraçado pensar em uma possibilidade dessas, ora isso é. Muito se especula sobre as versões "reais" que talvez estejam circulando pela Internet, talvez o mesmo tanto que se comente sobre a possibilidade de se "abrir" o iPhone. Antes que você se preocupe, este post não falará sobre o fim do livro. Acho de mau gosto estragar a festa de tanta gente.

E por falar em tanta gente, é inevitável comparar o espaço de mídia, a expectativa e as filas que se formaram em busca dos objetos mais desejados nas últimas semanas, ainda mais ao levar em conta que um deles pode ser considerado uma revolução no que se conhece por telefone e o outro é um... LIVRO! De magia! No final de cada fila, mais de cinco séculos separam uma tecnologia da outra.


Os números de ambas as partes são impressionantes, embora, de certa forma, incomparáveis. O que me interessa neles não é o tão manjado poder da mídia, mas a importância do lúdico em tempos tão pragmáticos.

Em uma época que cada ação tem que ter dividendos sociais e profissionais; em que todos parecem viciados em cocaína, de tão agitados que estão e tanto que falam em carreira; em que a auto-ajuda é regra e que tudo, absolutamente tudo tem de ter um porquê etc... é extremamente divertido ver um bando de marmanjos a encarar uma fila soviética em busca de algo que não é mais que um brinquedinho.

Isso tudo é muito interessante, e pode levar a conclusões apressadas. Aqueles que por acaso se perguntem o porquê de tanta ansiedade - considerando que daqui a seis meses um telefone desses não será novidade e logo mais Hogwarts estará no cinema - podem ter deixado de lado um fator muito importante, o cultivo da imaginação.

(nesse quesito, por mais que eu possa esperar por ambos, dificilmente abriria mão de meu mais recente vício: a obra completa do Carl Barks, inventor de muito do que conhecemos por Disney e responsável por boa parte do meu repertório fantástico na infância, agora relançada pela Editora Abril)

Um dia todos perceberão que a fantasia é uma necessidade tão humana e básica quanto comer, dormir ou qualquer outra que o cotidiano nos faz esquecer. Ou pior: nos faz chegar a um estado de delírio estressado que nos sentimos culpados simplesmente por tê-las.

Cultivá-la e, através dela, resgatar a criança interior de cada um é uma das mais importantes funções do design. Ainda mais em uma época que
há pouquíssimas diferenças relevantes entre os produtos industriais de uma mesma faixa de preço.

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