31 agosto, 2007

BlogDay ou Dia do Blogueiro ?




A primeira pessoa que me falou de "Dia do Blogueiro" foi minha mãe, por telefone, me acordando às 10:40 da madrugada. Não entendi nada e obviamente voltei a dormir.

Depois vi alguma coisa de relance no twitter, até comentei lá, mas não tava levando a sério.

Mas finalmente, depois de cadastrar meus blogs do EstudioLivre e do Conversê no technorati, ao dar uma olhada nos favoritos fui perceber que talvez realmente tivesse rolando a parada.

O primeiro indício foi o blog FUDEROSO do cesinha, meu herói. Que além de comentar a passagem em branco dele, pelo blogday (que afinal não foi tão em branco assim) e ele até comentou o post da casa da mãe joana, reverberado por aí.

Daí fui seguindo os links do cesinha e dos comentários até chegar na verdadeira fonte do poblema. Era mesmo verdade, e adorei minha mãe ter transformado em dia do blogueiro. Indiquei lá em cima seis blogueiros que inspiram esse blog.

árvore genealógica desse post:



, ,

Yahoo! Music - Minimum System Requirements

Bloglines - Music Libre

Bloglines user uira.maia@gmail.com has sent this item to you, with the following personal message:

musica libre


ccMixterblog
Where we mash up, cut up, and mix it up about ccMixter.org

Music Libre

By teru

Music Libre lets you browse the world of mp3 blogs in a single click. A really great place for finding new music.



Their latest blog post mentions ccMixter's use of crossdomain.xml and decent ID3 Tags. And a playlist of ccMixter tracks which I couldn't get the visuals to work so please visit the blog.


[FAQ] Instalando o Xara Xtreme em qualquer distro

Assim como no mundo dos blogs e dos grandes jornais, o estúdiolivre também é uma feliz expressão da diversidade...

---------- Forwarded message ----------
From: Fernando Avena <fernando.avena@gmail.com>
Date: Aug 29, 2007 10:52 PM

Xara Xtreme facil para qualquer distro.. .package (Autopackage)

wget -c http://downloads.xara.com/opensource/RecXaraLX0.7_rev1692.package
$ bash RecXaraLX0.7_rev1692.package

--
Avena
LinuxUser #434791
del.icio.us...off
Link: http://link.autistici.org - On


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Colecionando Linques desde 2004

No tempo em que RSS era coisa de cientista maluco, eu já colecionava alguns links:



http://uira.amontoado.info/BlogLines_de2004a31deAgo2007.opml



Agora com essa história de convergência de informações e tecnologias



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Firefox Universal Uploader

Uma extensão com ferramentas avançadas para upload de arquivos. Promete uma interface amigável e compatibilidade com Flickr, Picasa, Youtube, Box.net, Facebook, Webshots, etc.

Pelo que diz o anùncio, você deve poder configurar par subir vários arquivos de uma vez, mesmo que o saite seja limitado como o acervo.estudiolivre.org, que só permite um arquivos por vez.



See all preview images


https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/4724


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Twitterbar

Uma maneira fácil de compartilhar URLs interessantes.

A imagem “https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/images/addon_preview/4664/1” contém erros e não pode ser exibida.

https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/4664



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Pérolas da lista do estúdiolivre

(e que se foda. devia ter um permalink no corpo da mensagem)

Alguém mandou um link pra baixar o skype. Aí outro alguém disse pra baixar o OpenWengo, que é livre. Aí outro alguém falou pra usar o Ekiga, por ser "muito mais livre".

Veio o meu herói:

---------- Forwarded message ----------
From: José Paulo Neto
Date: Aug 30, 2007 6:25 PM


o que vc quer dizer com "muito mais livre"???

To tentando fazer minha irma usar ekiga!!! espero que ele seja bom para windows tb!!


--
meu blog:
http://blogs.metareciclagem.org/zepower/

Palhaçada em comunidades onlaine brasileiras

O pessoal do EstudioLivre.org tem enfrentado diversos problemas com spammers e pessoas com interesses escusos.

A última página wiki absurda ensina aos gringos estrangeiros como ficar ilegalmente no brasil.

http://estudiolivre.org/ComoFicarIlegalmenteNoBrasil

É uma vergonha essa história de compartilhamento e cultura livre.

(esperem saites com vídeos e tutorias especializados em fraudar sistemas web)

30 agosto, 2007

Twitter pipocou cinco vezes hoje...

Proxy Error


The proxy server received an invalid
response from an upstream server.

The proxy server could not handle the request GET /fseixas.


Reason: Error reading from remote server



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Apoio ao Weber e ao fim do BlogSpamming

Um jóven corajoso falou tudo o que eu queria dizer, numa matéria de um grande produtor de mídia:
Gostaria de deixar como sugestão que a mensagem de que o artigo é
patrocinado aparecesse no início do artigo e não no final. Os motivos
para isto são basicamente dois:
  1. Dar a opção do leitor decidir se quer ou não ler artigos patrocinados.
  2. Um fato bem conhecido, especialmente pelo Cardoso, é o hábito das
    pessoas não lerem o artigo até o final e portanto podem não tomar
    ciência de que se trata de propaganda. Acho que seria mais justo se
    todos leitores tomassem conhecimento disso.
deus lhe abençõe, webber!

e vamos todos lutar e separar o joio do trigo.


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40 extensões de firefox para bloggeiros

ff4bloggers.PNG

http://mashable.com/2007/07/19/firefox-blogging/

Uma boa seleção. Estou postando isso utilizando a extenção Scribefire, e prometo postar aqui as que eu for testando uma a uma.


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Calculador de Inflação


The Inflation Calculator








The following form adjusts any given amount of money for inflation,
according to the Consumer Price Index, from 1800 to 2006. (And
don't use any commas in the numbers...) Enjoy!


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ScribeFire.

o fim do dns - ou - minha tiny url (http://tinyurl.com/2ao9kd)

http://tinyurl.com/2ao9kd

é um novo endereço do meu blog.

o que isso tem a ver com o fim do DNS? nada.

Por que eu coloquei isso lá, então? Pq sou irônico.

Entendeu? não.


blz

Protesto contra o Twitter

Este blog está em processo de protesto.

Ultimamente essa onda de twitterismos tem diminuído as coisas por aqui.

Vou inventar um novo jeito de twittar, pra ficar mais legal, vou garantir o dobro de satisfação com metade dos caracteres.

Ou seja, quanto menos caracteres você utilizar, mais satisfeito você ficará. Seguindo a lógica da diversidade compartilhada de tags sem sentido mas com alto poder de inflacionamento.

a internet é onde o jeitinho brasileiro vai ser globalizado.

quanto mais, menos.

quanto menos, mais.

ou não.

Mas a idéia era fazer um sistema kinem o twitter, que tenha apenas linques.

twitter é casa da mãe joana

O título do post é mais pra provocar os tão provacáveis blogueiros.

Andei brincando de twitter por esses dias e é impressionante como se pode notar comunidades bem definidas , pontos fortes da rede, pontos em processo de emergência, pontos que estão perdidos e pontos que acham que estão falando sozinhos.

taí, minha nova profissão seria Reblogueiro, mas vou mudar pra retwitter.

Interatividade com leitores corrige distorção na prática do jornalismo

Interatividade com leitores corrige distorção na prática do jornalismo


[...]

O que começa a acontecer é uma lenta transferência de ênfase do autor para os comentários, num grande número de sites noticiosos e weblogs de informação, inclusive aqui no Observatório.

 

Os textos e posts publicados assumem cada vez mais a função de propor temas   para discussão pelos leitores por meio de comentários. Na teoria, esta sempre foi a missão principal do jornalismo, mas ela acabou sendo alterada, na prática, pela indústria da comunicação, através da transformação da notícia num produto de consumo.

29 agosto, 2007

Ubuntu novo na área! Gutsy Gibbon Tribe 5

Via http://www.downloadsquad.com/2007/08/25/ubuntu-gutsy-gibbon-tribe5-alpha-released/

O novo ubuntu está saindo do forno com várias coisas novas legais.

  • Nova ferramenta de configuração de placa de vídeo, que tem suporte nativo a configuração de dois monitores

  • Uma versão Plus do firefox, com um "Apt-Enabled" que instala plugins e extensões via apt. Fineza!!!



  • Esquema de impressão completamente renovado, tudo plug-and-play e com opção padrão de imprimir para PDF.


Mais informações (em inglês): https://wiki.ubuntu.com/GutsyGibbon/Tribe5



28 agosto, 2007

Manual do ManDVD

O wille disponibilizou no Estudiolivre.org uma versão de um manual do ManDVD.

http://www.estudiolivre.org/ManualManDVD

valeu wille!!!

Debate da TV Pública Digital - Salvador de 23 a 25/08


---------- Forwarded message ----------
From: giulianodjahjahbonorandi
Date: Aug 28, 2007 9:43 AM
Subject: [estudiolivre] Fwd: Debate da TV Pública Digital

Relato da Ivana Bentes sobre o seminário em salvador....


---------- Forwarded message ----------
From: Direção da ECO
Date: 27/08/2007 21:26
Subject: Debate da TV Pública Digital

Caros, segue uma síntese de algumas questões relevantes que foram discutidas
no Seminário da TV Pública Digital em Salvador de 23 a 25/08 que participei
representando a nossa Escola. Participaram dos 3 dias de intenso debate, com
transmissão ao vivo pela internet, produtores independentes, diretores de TV,
professores universitários, cineastas, Ongs, gestores, o ministro das
Comunicações da Casa Civil Franklin Martins, o secretário do audiovisual
Orlando Senna, representantes das TVs universitárias, comunitárias,
radialistas, jornalistas, empresários do audiovisual, enfim um grupo
heterogêneo e diverso.

1) Em todas as mesas se defendeu que a TV Pública digital deve se
constituir como uma rede horizontal, e uma rede colaborativa aberta, uma
"rede de redes", descentralizada. O modelo de gestão foi o mais discutido,
pois ainda está se configurando, mesmo que a proposta seja que a TV Pública
entre no ar em dezembro. A idéia de uma rede de redes é decisiva, pois
mesmo que inicialmente tenha como referência a TV Brasil (fusão da TVE com a
Radiobrás) a proposta é criar as bases para uma rede "horizontal" reunindo
mais de 200 emissoras de TV dos sistemas público, comunitárias,
universitárias, estatais, privadas com fins público, enfim tendo como
horizonte um pool dessas redes super heterogêneas, com troca de programas e
abrindo para a produção independente (quem produz e não tem emissora para
exibir). Tal fato é inédito no Brasil. Nunca se pensou uma rede com tal
alcance e diversidade.

2) A base tecnológica será feita a princípio a partir da fusão da atual
estrutura da TVE com a Radiobrás e mais uma base em SP. É essa a base
material, o ponto de partida, a TV Brasil, que será seguida imediatamente
pela criação de outros canais públicos, com gestão pública: os canais da
cultura, da cidadania, da educação e os canais estatais (TV senado,
Câmara,etc.). Ou seja, a rede pública que é uma malha enorme e diversa vai
ser articulada nessa "rede de redes". A TV Brasil na nova configuração terá
um novo diretor e um conselho (com participantes da sociedade civil), o que
já causa especulações e polêmica, questão menor, no meu entender.

3) O melhor do seminário. Muita gente pensando a questão das redes
colaborativas, da descentralização, da TV colaborativa, como a garotada que
apresentou o site Fiz (tipo You Tube) que agrega conteúdos livres e a
aceitação desse modelo das redes colaborativas como o horizonte natural da
TV Pública digital brasileira pelos jovens gestores do governo (Minc e SAV).

4) Também a necessidade de uma Internet Pública apareceu fortemente. Essa
também foi parte da minha argumentação nos debates, para combater uma
Mídia-Estado (que se porta como Estado) não precisamos de um Estado nem Tv
centralizadora, mas aumentar a produtividade social, ou seja fortalecer as
redes existentes e incluir novas redes nos sistemas de Comunicação. Também
os grupos que estão fora da TV não querem mais simplesmente ser
"representados" na TV (periferias, p.ex.) querem um canal de TV, querem
fazer TV, o que já é possível com a TV IP na internet e será na TV aberta,
com as multi programações trazidas com o digital.

5) Também recorrente, a análise de que temos uma Mídia-Estado privada que
"vende estabilidade política", sua moeda de troca para defender seus
interesses. Levantou-se a questão e a importância da rede blogueira hoje
na internet, como contra-discurso. Também defendi no seminário o que chamo
da produção "doméstico-industrial", em que a produção "amadora" ou
"não-profissional" ganha relevância e desmistifica a idéia da exclusividade
da produção audiovisual e midiática feita por "profissionais". É só olhar
para o You Tube, Wikipedia, redes colaborativas, etc. Falou-se o tempo todo
da necessidade da TV Pública digital já entrar com um braço na Internet,
convergindo TV e Internet públicas.

6) Defesa dos conteúdos abertos, sem bloqueio para gravar. O Jornal O Globo
já saiu com texto na página dos Editorias, de domingo, dizendo que "Tv
Digital ameaça conteúdo brasileiro", fazendo campanha para impedir que o
telespectador grave os programas! O que é um atraso em termos de
democracia e da livre produção e circulação do conhecimento.

7) Veremos a grande mídia detonar o projeto da TV Pública Digital como fez
com a Ancinav e com as políticas públicas que poderiam abrir os sistemas de
comunicação para uso comum, público e com horizonte de universalização
desses serviços? Afinal, a mídia e os produtores de conteúdo somos nós, no
pós digital e internet. O que está em jogo é um pensamento inédito do Brasil
do que é Público. É a possibilidade de tirar do sucateamento as TVs
públicas, estatais, comunitárias, universitárias e abrir novos espaços para
produção independente, para o cinema brasileiro e para novas linguagens.

8) Aliás, essa é um dos grandes acertos do processo, presente na fala de
Orlando Senna. A decisão que 80% da produção da TV Pública Digital será
feita de fora (não pelas próprias emissoras). Ou seja, a TV Pública digital
vai abrir Editais públicos para novos programas de TV, numa proposta de
renovação inédita da programação. Provavelmente não será de imediato. Vai
começar operando com um pool de programações regionais, vindo do Brasil todo
e abrindo para as novas programações.

9) Inovação, experimentação, sair da "chatice", sair dos dualismo ou é
cultural ou comercial, ou é chata sem audiência ou de entretenimento, ou é
política ou lúdica, essa também foi uma das questões mais discutidas. Novas
mídias, games, interatividade, novas linguagens, estiveram entre as
diferentes falas e alguns projetos já existentes nessa linha foram levados
para debate. A questão de formar e construir audiências, aos invés de
"vender audiência" como faz o sistema de TV privada que naturaliza a
audiência, como se fosse um 'bolo' natural e imutável, foi também tema do
pessoal que trabalha com estudos de recepção.

Enfim, um panorama animador, apesar das grandes dificuldades de se
operacionalizar tudo isso.

Um abraço, Ivana Bentes


27 agosto, 2007

criador de ideias e alavancador de iniciativas

esse é você ?

Re: [tvlivre-ideias] Re: TV Livre no Edital dos Pontões

On 8/15/07, rafael2k <> wrote:

algumas dicas:
coletivo sem hierarquias pré-estabelecias,

posso chamar isso de anarquismo?

transmite usando o espectro eletromagnético sem autorização,

mas e se me derem a autorização, eu automaticamente deixo de ser livre?

ausência de especialistas - todo mundo pode fazer tudo,

essa eu gostei. vou mandar embora todos os especialistas contratados, pode deixar.

sem ligação com partido, governo ou corporações

E como se define essa ligação?



exemplo hipotético 1:
Eu não sou um ativista, mas tenho 3 filhos, minha família nunca teve grana, e meus estudos não foram lá essas coisas. Já aos 34 anos, descubro que existe uma "Rádio Livre" dentro de uma caixa d'agua. Empolgado pela idéia, vou lá nos fins de semana, converso com as pessoas, aprendo todos os conceitos, ajudo a galera... enfim, eu entro ali pro coletivo da "rádio caixa d'agua". Agora que sou do coletivo, resolvo contar que nos dias de semana, eu trabalho para uma empresa que faz papel e polui o ambiente.

perguntas:

.Eu deixo de fazer parte do coletivo?
.A radio caixa d'agua deixa de ser livre?
.Eu preciso mesmo pedir demissão da fábrica para fazer uma rádio livre?
.Se eu estiver fazendo rádio livre, demitido da fábrica, como eu arrumo comida pros meus filhos?
.Será então que, devido às circunstâncias, é melhor eu desencanar de trabalhar com rádio livre?

...

o fim nunca é onde as coisas acabam.
os poetas estão todos mortos.
e as drogas estão mais permitidas que nunca.

viva la revolution!

 

Em Qua 22 Ago 2007, Uirá escreveu:
> entendi....
>
> mas e a minha TV Livre, como eu vou saber se ela é livre?
>

Carta para o Futuro

"Bom dia filho, aqui é seu pai, diretamente do passado para o seu presente. Uso aspas pra tentar manter a sua privacidade, mas não sei mais se consigo. Acontece que hoje as coisas estão mudadas, e eu já não mais confio em ninguém. Não sei quanto tempo essa minha carta se manterá anônima, pois eu mesmo, seu próprio pai, posso me render a eles. Não que eu seja um mau pai, eu te amo, sempre estou perto de você e você sempre pode contar comigo, mas o problema é que aqui, no passado, você ainda não existe, eu ainda sou mais novo... é tudo diferente.

Não preciso explicar, alguém te contou, ou vai ser fácil descobrir. Estou começando algo que alguém devia ter terminado, mas não pôde, pois foi morto antes de terminar. Estou contando a alguém, do futuro, sobre o seu passado. Estou tentando atravessar a linha do tempo, bem na frente deles, mas não está nada fácil.

O sistema investe cada vez mais em se afastar da sua real função, e se preocupa cada vez mais em manter seu poder. As pessoas continuam pessoas, com seus erros e acertos. Eu resolvi desistir de ser uma pessoa, de ter um nome e de ser alguém, pelo simples fato de continuar. Não tenho nada a perder, você ainda não nasceu e ainda estou naquela fase em que, se tudo der errado, ninguém vai se importar. (quer saber que fase é essa, né? pois aqui vai uma primeira lição do seu pai do passado: não existem atalhos - a não ser esse!)

Estou fazendo isso depois de conseguir salvar sua vida pela sexta vez. Não posso mais arriscar, temos apenas três chances nessa vida e temos que usar cada uma delas de modo a aproveitar melhor todas as nossas.

Está tarde, e o amanhã é apenas um pequeno ser que está nascendo agora mesmo. Seja você, assim como o amanhã, eterno. Faça como eu, renegue suas vidas, suas origens e seus destinos. Vamos ganhar o tempo.

com amor,

seu pai"

ps: estou deixando algumas pistas para que vocês possa me ajudar a descobrir quem é esse cara. Não tenho o nome dele. Não sei quem ele era. apenas tenho uma carta...

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25 agosto, 2007

o governo não tem nenhum modo de monitorar as atividades online do rapaz a não ser através do Windows

Fabiane Lima's picture

Linuxer é forçado a usar Windows

Calma. Antes que você pense que o sujeito teve sua liberdade cerceada, ou que foi obrigado a usar um software específico para a plataforma do tio Bill, é o seguinte: esse cara, cujo apelido é Sk0t foi preso e condenado por piratear o filme Star Wars.

Acontece que, ao invés de simplesmente proibir o cara de usar um computador, como aconteceu no caso de Kevin Mitnick (que, por sinal, foi muito mais grave), a justiça determinou que ele não usasse Linux. Motivo: o governo não tem nenhum modo de monitorar as atividades online do rapaz a não ser através do Windows. De acordo com o próprio Sk0t, foi "uma punição cruel e incomum".

Eu entendo o drama de Sk0t. Tá certo que isso foi o mínimo que poderia ter sido aplicado a ele, mas ficar longe de sua plataforma preferida e ter que usar algo, como direi?, aquém das nossas necessidades é realmente muita crueldade.

Fontes: Engadget e

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23 agosto, 2007

Re: bem, estava pesquisando em sites e li isso..

Beleza!
 
o holmes leva os caras na conversa...
 
ele já entendeu o "jeitinho brasileiro"...!
 
 
Falaí holmes.?!
 
chegando no aeroporto é só dizer pros caras que você é um jornalista independente, leva alguns trabalhos antigos seus, uns vídeos no laptop. tá fácil.
 
 
abraço.

 
On 8/23/07, Cassiano Griesang <> wrote:

Brasileiro ou Estrangeiro que Retorna em Caráter Permanente

O brasileiro e o estrangeiro (se portador de Cédula de Identidade de Estrangeiro expedida pelo Departamento de Polícia Federal) que tiverem permanecido no exterior por período superior a um ano e retornarem ao Brasil em caráter definitivo, terão direito à isenção de impostos (de Importação e IPI) para os seguintes bens usados, trazidos como bagagem acompanhada ou desacompanhada

roupas e outros artigos de vestuário, artigos de higiene e do toucador e calçados para uso próprio do viajante; 

móveis e outros bens de uso doméstico; 

ferramentas, máquinas, aparelhos e instrumentos necessários ao exercício de sua profissão, arte ou ofício; 

obras por ele produzidas. 

Atenção: Bens adquiridos há menos de 6 (seis) meses serão taxados pelas Autoridades Aduaneiras.

 

Comprovação de Permanência 

O tempo de permanência no exterior e o exercício da atividade profissional devem ser comprovados junto à autoridade aduaneira com jurisdição sobre o local de despacho dos bens (aeroporto ou porto de chegada da bagagem das pessoas que podem se beneficiar da isenção do pagamento de imposto de importação, tal como indicado no item "Brasileiro ou estrangeiro que retorna em caráter permanente"). 

Sugere-se aos interessados prepararem documentação para fins de apresentação à autoridade aduaneira, contendo elementos de identificação (passaporte ou green card), comprovante de atividade profissional exercida por período superior a um ano ou de matrícula em estabelecimento educacional., contra-cheques, recibos de pagamento de imposto de renda, etc.




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22 agosto, 2007

Tradução do Drupal para Português

Eu vou doar 50$ mango, ajudem aí amigos.

---------- Forwarded message ----------
From: Fabiano Sant'Ana
Date: Aug 20, 2007 12:38 AM


Pessoal,
Agora é oficial, virei mantenedor da tradução para português do drupal.
O Drupal 6.0 RC1 tá quase saindo do forno, e junto com ele vem a String Freeze.
String Freeze é o momento a partir do qual nenhum texto do drupal vai mudar, a não ser que tenha algum problema grave nele, isso possibilita que nós - os tradutores - possamos trabalhar na tradução da nova versão.

Tenho uma proposta ambiciosa para essa nova versão do Drupal, te-la totalmente traduzida junto do lançamento da primeira versão estável do Drupal 6.
Acredito que caso consiguamos, isso gerará um buzz positivo sobre os drupaleiros brasileiros na comunidade Internacional do Drupal. É um ótimo case para mostrarmos que podemos trazer um DrupalCon para cá.

Infelizmente, a tradução não é um trabalho fácil, custa tempo e dinheiro.
Então, peço a vocês que caso vocês possam contribuir traduzindo ou doando 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987 ou 1597 reais, eu serei muito grato.

Por favor, me respondam e sintam-se livres para encaminhar esse e-mail para quem quer que vocês pensem que é conveniente.

Muito obrigado,
Fabiano Sant'Ana
http://wundo.net

PS: Não deixem de experimentar a nossa tradução do 5.x, críticas, elogios e pedradas são bem vindas.



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Encontro Mineiro de Software Livre

inscrevi uma palestra:

Isso não é uma palestra, e sim um debate.

Page not found (404)

Request Method: GET
Request URL: http://emsl.softwarelivre.org/trabalhos/1/

Using the URLconf defined in eventmanager.urls, Django tried these URL patterns, in this order:

  1. ^noticias/(\d+)/$
  2. ^secao/(\d+)/$
  3. ^admin/
  4. ^logout/
  5. ^inscricao/
  6. ^submeter_trabalho/
  7. ^cadastro_palestrante/
  8. ^meus_trabalhos/
  9. ^meus_dados/
  10. ^chamada_trabalhos/
  11. ^avaliacao/
  12. ^site_media/(.*)$
  13. ^$

The current URL, trabalhos/1/, didn't match any of these.

You're seeing this error because you have DEBUG = True in your Django settings file. Change that to False, and Django will display a standard 404 page.


acho que não funcionou.




20 agosto, 2007

Semana Nacional de Ciencia e Tecnologia

http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/784.html


Objetivos da Semana

A idéia é mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de C&T, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Pretende também chamar a atenção para a importância da ciência e da tecnologia para a vida de cada um e para o desenvolvimento do País, assim como contribuir para que a população possa conhecer e discutir os resultados, a relevância e o impacto das pesquisas científicas e tecnológicas e suas aplicações.


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19 agosto, 2007

Agenda da Semana

* BRASÍLIA - 20 de agosto

** finalizando o projeto pro edital dos pontão.

* SALVADOR - 22 de agosto

** Encontro sobre o Anheteguá, um conversê da economia solidária, no qual estamos trabalhando faz quase dois anos. Estarão presentes os parceiros suiços do projeto Ynternet, que é um projeto que se pretende a desenvolver estruturas de comunicação, apenas com soluções opensource. Vou lá, principalmente, pra me inteirar do projeto Multypass que é muito interessante, além de pretencioso... já que se propõe a fazer o mesmo que o google ( organize the world's information and make it universally accessible and useful), começando por " Trois services de base : e-bulletin, e-mail et site web ". O encontro acontece em Salvador nos dias 22, 23 e 24 de Agosto de 2007

* SÃO PAULO - 25 de agosto

** O BlogCamp 2007 vai reunir, em são paulo, mais de 150 blogueiros, desenvolvedores, interessados, rebeldes e revoltados de toda a sorte, para falar sobre blogs e o que vier na cabeça. O encontro segue o modelo de 'desconferência', que não tem programação definida e onde o principal são as discussões a serem levantadas na hora, por quem estiver presente. Será um evento muito importante para a blogosfera brasileira, que já está mais madura e começa a ter um senso comum, em algum lugar, que é bastante significativo. Também seria importante para o obsevatório, no sentido de articular as possibilidades com aqueles que serão os maiores colaboradores singnificativos de verdade.

--

links:
1- http://www.colivre.coop.br/Anhetegua/WebHome
2- http://www.gacetatecnologica.com/node/339 e http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=ES&cod=27087
3- http://www.ynternet.org/
5- http://www.google.com/intl/en/corporate/index.html
6- http://www-03.ibm.com/developerworks/blogs/page/avialkalay?entry=blogcamp_2007
7- http://en.wikipedia.org/wiki/Unconference
8- http://blogblogs.com.br/search/search?query=blogcamp&scope=posts


--
tags:
anheteguá, conversê, colivre, blogcamp, são paulo, brasília, salvador

Apropriação de quem?

http://wiki.sarava.org/Estudos/ApropriacaoCapitalistaTrabalhoTotalCapturaDoDesejo

Imagine que em cada banheiro do mundo haja um microfone e que todos eles estejam ligados a um banco de dados com enorme capacidade de armazenamento de áudio. Imagine agora que todas as pessoas que cantam durante o banho tenham seus repertórios meticulosamente armazenados em tal banco. Assim, todas as interpretações de músicas consagradas, composições próprias ou mesmo variações sobre um mesmo tema realizadas por milhões de pessoas permanecem facilmente disponíveis a qualquer pessoa com acesso total a essa base de informação.


ainda não li tudo.

18 agosto, 2007

Brazil's FOSS utopia image at risk

Vcs viram isso?

http://www.linux.com/articles/59637

pra quem não sabe, FOSS é Free and Open Source Software, ou seja,
softwares livres e de código aberto.

Re: projeto

Fala ives, vou mandar aqui mesmo algumas coisas:

APOTEÓSE E APOCALÍPSE:
INTERNET e educação no Brasil

http://www.comunicacao.pro.br/artcon/interneduc.htm

Não combinam as previsões apoteóticas dos entusiastas da Internet no mundo inteiro, de um modo geral, e em particular no Brasil, com algumas estatísticas tão realistas, quanto apocalípticas sobre a educação no país. Este é um pequeno esboço comparativo entre essas duas imagens formadas a partir de distintos, mas não opostos, universos de referência: o da informática e o da educação.

A INTERNET é a nova mídia do momento e só esta constatação já é motivo para polêmica. Como meio de comunicação, a INTERNET contribui para interligar pessoas no mundo todo, possibilitando discussões sobre os mais diferentes assuntos. Diminui distâncias de tempo e espaço e reduz consideravelmente o custo em relação ao telefone ou quaisquer outros meios conhecidos.

Como mídia a discussão toma outra forma. Não se pode dizer que a INTERNET seja exatamente um meio de comunicação de massa, definição pela qual nos refirimos à mídia. A INTERNET não massifica, muito menos inibe a interatividade. Por um lado, ponto para ela, mas isso significa também que não podemos colocá-la como um avanço em relação aos veículos de comunicação massivos (rádio, televisão), nem mesmo podemos discutir a INTERNET a partir dos mesmos parâmetros que serviam para os meios de comunicação de massa convencionais, pois falamos aqui sobre um veículo de outra natureza.

Nunca a mídia abordou tanto um assunto. Qaundo se pensava que os anos 90 eram a década da inexistência de novidades, a INTERNET tomou um vulto internacional, popular e comercial. Dessa forma, mesmo não tendo computador, nem conhecendo exatamente o que é, nem como usar, a maioria das pessoas já ouviu falar em INTERNET.

Os discursos inflamados a seu respeito são sempre animadores e falam numa revolução em termos tecnológicos e nas formas de comunicar. Pela sua natureza, a INTERNET quase que impede a existência de censura no controle sobre a publicação de mensagens. Não há possibilidade de monitoração total das mensagens enviadas, apenas de grupos de discussão específicos.

Fala-se também no seu espírito anárquico que, dentro de suas limitações sócio-políticas, é bastante bem vindo dentro do universo virtual. Um lugar onde a princípio não existe controle, nem hierarquia sobre usos, podendo as pessoas das mais diferentes classes sociais expressar as mais diferentes opiniões sem serem coibidos por isso.

Parte-se também da explícita transposição de limites geográficos e das possíveis implicações culturais que ainda estão por vir e se perceber. Graças à velocidade na circulação de informações e à facilidade do seu acesso, podemos começar a falar e a considerar sem maiores questionamentos à formação de uma cultura global, onde a troca de conhecimento a ser produzida será entre cidadãos a partir de seus interesses específicos.

Tudo isso sem falar na expansão e na inevitável circulação de informações e de pessoas que invariavelmente terão que passar pela Grande Rede. De origens comerciais, governamentais, organizacionais, educativas, científicas..., apontam para um futuro onde a INTERNET se constituirá numa unanimidade para quem deseja trocar e divulgar conhecimentos e conclusões de pesquisas. Dessa forma, a INTERNET assume um perfil totalitário, no sentido de não dar margem para o aparecimento e o desenvolvimento de outras opções de sociabilidade.

Os discursos sobre o futuro da INTERNET começam a se mostrar insuficientes quando, por exemplo, nos deparamos com dados sobre a disponibilidade e a qualidade de linhas telefônicas. Apesar do esforço empresarial e mediático no sentido de fazer implacar uma nova mídia, os dados estruturais que implicam em condições básicas para o bom uso e consumo dos serviços da rede mostram um outro quadro, um outro país, conflitando com aquele apresentado pelos apologistas da INTERNET.

Dados sobre a educação no Brasil: evasão escolar, pessoas que completam 1º grau, pessoas que falam uma 2ª língua; telefones disponíveis

Diante disso, não cabe aqui discorrer sobre os males da Mãe das Redes ao não atender nossas necessidades básicas, mas sim chamar a atenção para um dado que está nos acompanhando durante a história do avanço tecnológico da humanidade: enquanto se desenvolvem nossas extensões, ou seja, aquilo que aproxima as pessoas entre si, a sociedade não se transforma, pois o avanço tecnológico pouco deu importância para o avanço do homem com ser social.

Com esse espírito, chegamos à INTERNET e nos interligamos mundialmente, mas nossos corações e mentes continuam os mesmos, nossas ideologias também. Assim, podemos dizer que a inovação tecnológica com a massificação da INTERNET não nos levou a uma mudança de paradigma, mas sim permitiu um novo suporte para que as mesmas pessoas pudessem continuar se relacionando.

Atualmente estamos partindo para uma fase em que o deslumbramento inicial com a Grande Rede já foi superado. Passamos para a busca de soluções visando a socialização de informações e do acesso, bem como o oferecimento de serviços e de informações a partir dos recursos já disponibilizados. Isso nos permite criar novas aplicações a partir das peculiaridades desse novo veículo.

Não é exatamente isso que podemos observar! Por sermos os mesmos, abalados com as novas possibilidades, mas nem por isso transformados estruturalmente, estamos vivendo uma 2ª onda na INTERNET, onde passamos a construir nossos espaços comuns dentro da Rede, acompanhados dos nossos valores mais conservadores, embora tenhamos um infinito de possibilidades a serem descobertas.

A INTERNET se constrói como um espaço de sociabilidade através da educação, que parte principalmente da solidariedade dos seus integrantes. Recém-chegados são convidados a ler as famosas FAQs (Frequently Asked Questions): questões feitas com freqüência por pessoas iniciadas num determinado assunto, previamente respondidas por quem está mais envolvido no tema em questão. Além disso, qualquer dúvida adicional é geralmente respondida se colocada no espaço adequado.

Apresentam-se aí dois valores importantes que virão a ser valorizados dentro de pouco tempo e trazem mudanças importantes: a imediaticidade na troca de informações, onde pessoas que nunca se conheceram trocam e ampliam seus conhecimentos, contribuindo para otimizar o acesso aos recursos da Rede. Outro fator introduzido dentro desse modelo é que o sentido clássico do professor como proprietário do saber se torna desnecessário, mas extramamente útil na acepção da palavra, na medida em que se professa saber, socializando-o aos demais interessados.

Essa nova relação coloca em xeque a instituição escolar nos moldes em que ela se encontra agora, já que o universo de informações disponíveis na INTERNET é muito maior do que as que se tem acesso a partir dos professores na sala de aula. Por outro lado, o uso da INTERNET na educação não pode se restringir apenas a levar o modelo atual para dentro da rede, mas sim entender seu potencial a partir de seu sentido metafórico, implicando numa mudança de comportamento.

A educação através da INTERNET terá que ser responsável por esta ruptura paradigmática a partir da mudança de tecnologia. A aposta da INTERNET na educação foi de que a tecnologia introduz um paradigma e interfere na produção de conhecimento. O conservadorismo na educação ainda não permitiu isso! Uma prova disso é o crescente cuidado com o acesso às informações por parte das crianças, chegando até à criação de programas coibitivos ou mesmo a censura atravéss de amparo legal.

Colocam-se desafios para a educação no futuro a respeito dos currículos e paradigmas que irão se construir a partir dessa nova realidade. Amplia-se radicalmente, através da INTERNET, o conhecimento sobre os peixes, por exemplo, que passarão a ter os futuros alunos a partir da consulta às listas de discussão específicas, home-pages, etc, chegando à conclusão de um trabalho melhor e mais amplo.

A INTERNET não pode ser apenas apresentada como uma grande fonte de dados sobre os mais diversos assuntos, sem que se perceba que se transformou também o modo de produzir conhecimento. É a partir desta clareza que se devem estabelecer os paradigmas e conteúdos da educação do futuro.

Enquanto não se parte para descobrir os verdadeiros potenciais da Grande Rede e que benefícios podem trazer para a educação, poderemos ser condenados a transpor toda uma pedagogia retrógrada para a INTERNET. Não devemos ter medo da perda da autoridade do professor como porta-voz do saber, pois outra será sua importância e sua legitimidade se dará a partir daí.

A capacidade de aprendizado e de assimilação poderá ser bastante elevada e estimulada, a partir de exemplos concretos, mas virtuais; a INTERNET será o palco de intercâmbio entre escolas (alunos e professores) de todo o mundo, onde a História dos Estados Unidos, por exemplo, poderá ser comparada com depoimentos de quem a viveu, sem intermediações de historiadores oficiais ou da imprensa.

E finalmente a escola, nossa velha amiga, será o berço da sociabilidade humana através do contato (esporte, arte ...), onde várias atividades de contato corporal serão desenvolovidas.

Prof. Adilson Cabral
Professor da Universidade Estácio de Sá - RJ
Mestre e Doutorando em Comunicação Social pela
UMESP - Universidade Metodista de São Paulo




On 8/18/07, Ives Albuquerque <> wrote:
E aí tem alguma novidade de articulação? Estou esperando os  textos que conversamos.
Falou



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RSS: o último dos broadcasts ?

Será o RSS, ainda, um modelo broadcast, ou seja: de um para muitos?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Broadcast

"Broadcast" é o processo pelo qual se transmite ou difunde determinada informação, tendo como principal característica que a mesma informação está sendo enviada para muitos receptores ao mesmo tempo. Este termo é utilizado em telecomunicações e em informática .

http://pt.wikipedia.org/wiki/RSS
RSS é um subconjunto de "dialectos" XML que servem para agregar conteúdo ou "Web syndication" podendo ser acedido mediante programas/sites agregadores. É usado principalmente em sites de notícias e blogs.

Pelo que entendi, Broadcast é um modelo de encaminhamento e RSS é uma linguagem que se utiliza desse (e de outros) modelo.

Mas o que diferencia o broadcast da Televisão pro do RSS?

Com RSS eu posso definir se vou ler tudo, só o título, só o corpo, só o texto ou só só as imagens. Já imaginou um 'canal' de tv com a programação sem as propagandas, ou sem o conteúdo sexista, ou só com o conteúdo jornalístico...? Pois é, é possível. Agora imagine um feed RSS com uma só entrada: item. Essa é a televisão.

(rá! você entendeu. utilizei um título controverso para agora tentar, com uma argumentação fácil, fazer você entender minha perspectiva de que o RSS precisa melhorar pra muito além do 2.0)

O problema, pelo que estou vendo, não é o modelo do RSS ou do broadcast, mas do formato e das ferramentas empregadas nos blogs, agregadores e internets por aí.

O RSS permite que as informações sejam transmitidas de uma maneira mais transparente e maleável, fazendo assim com que as conversas sejam tão dinâmicas e claras o quanto possível. Enquanto o broadcast é um modelo de conversa que não serve pra mim, pois procuro relações mais consistentes (e *menos* promíscuas) do que a de um pra muitos. Mas mesmo assim acho que posso agregar as duas coisas a uma terceira e assim construir uma maneira de conversar nova, mais dinâmica e mais ágil.

Essa conversa precisa de ferramentas especiais. Ferramentas de multibroadcast e de metaRSS.

Falaremos deles no nosso próximo episódio.

(Quem decobrir em qual meio o termo gancho é utilizado da maneira que estou usando aqui, ganha dois brindes grátiss)

[fim]

Enquete para título do próximo post sobre o assunto

* O RSS é um formato de broadcast muitíssimo flexível (!?)
* Todo p2p é broadcast, mas nem todo broadcast consegue ser p2p (!?)
* metaRSS e multiBroadCast, a web 2.1 vem aí (!?)
* O bolhão de uma bolha a cada década (!?_)


No fim, arrumei imagens legais para quem não gosta de ler:


  • broadcast


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Apagão da Internet

http://www.cocadaboa.com/2007/07/especialistas_alertam_para_apa.php

roubei esse texto do pessoal do cocada boa... Aquele empresário capitalista maldito, com nome de rockeiro transexual norteamericano pensa que nos engana. Concerteza ele é o dono da rede globo e fica tirando onda de esclarecido político. 

Especialistas alertam para "Apagão da Internet" no Brasil
26/07/07 - Arquivado em: Cocadaboa News

O Mensalão não derrubou. O "Caos Aéreo" também não. Mas quero ver o governo Lula se safar dessa. Saquem só, o problema de falta de investimentos programados em infra-estrutura somado com o aumento da demanda se repete. Mas desta vez quem vai sofrer não são os usuários de transporte aéreo, mas sim os usuários de Internet. Acho que pela primeira vez este país vai ter uma revolução de verdade, com o povo na rua tocando o terror. Ficar horas no aeroporto nego até agüenta, mas limitar o nosso livre acesso a pornografia no eMule, vídeo-cassetadas do YouTube e fofocas com a vida alheia no Orkut é demais. Isso é mexer com a alma do povo brasileiro.

Especialistas alertam para "Apagão da Internet" no Brasil

Os mesmos ingredientes que provocaram o "Caos Aéreo" estão prontos para repetir a mesma "receita de desastre" em outro importante setor da economia brasileira. Com a expansão da oferta de banda larga no país, somada à falta de regulamentação da infra-estrutura de fibra ótica e a falta de investimentos no lançamento de novos satélites estacionários, temos um cenário de total colapso na capacidade da nossa atual malha de dados.

Até dezembro, o número de usuários de banda larga chegará próximo a 8 milhões de clientes, 30% acima do ano passado, e praticamente duplicará até o fim desta década, chegando a 15 milhões em 2010. Já os investimentos programados para os próximos 3 anos não ultrapassam 300 milhões de Reais. Segundo especialistas, o mínimo necessário para garantir a estabilidade seria 4 bilhões e meio de Reais. "Não temos capacidade para suportar 8 milhões de usuários de banda larga, a nossa malha de dados já está no limite", alerta Gleicon Ranieri, executivo no Comitê Gestor da Internet no Brasil.

"A nossa estrutura de Internet tem uma capacidade de tráfego limitada pela quantidade de backbones internacionais que dispomos para ligar os nossos computadores de grande porte com seus similares nos Estados Unidos e Europa", explica Manoel D'Oro, especialista em sistemas. "Para o usuário leigo, podemos dizer que a internet é uma série de tubos. Temos um tubo que nos liga aos EUA e cada imagem, vídeo ou página de texto que acessamos lá precisam viajar dentro deste tubo para chegar ao Brasil. O problema é que temos poucos tubos para esta demanda crescente, o que provoca um congestionamento. Isso torna a rede como um todo muito mais lenta", conclui.

O problema é agravado porque 6 dos 10 sites mais visitados pelos brasileiros (Orkut, Google, Youtube, MSN , Windows Live e Yahoo) não têm servidores localizados no país e isso está sobrecarregando os nossos escassos backbones internacionais. Apenas o Orkut é responsável por 30% do tráfego em nossos backbones, o que tira espaço para outras aplicações mais essenciais.

Os especialista do Comitê Gestor da Internet Brasileira apontam que a solução de curto prazo seria dar incentivos fiscais para as 3 empresas proprietárias dos sites internacionais mais visitados (Yahoo, Google e Microsoft) construírem data-centers no país, "nacionalizando" assim o tráfego de dados e liberando nossos backbones internacionais. O outro caminho seria investir em pelo menos 2 novos satélites ou um novo cabo de fibra-ótica submarino até os EUA, obra que demoraria de 4 a 6 anos para ser concluída, uma eternidade se usarmos como referência o ritmo de crescimento da demanda e do aumento da complexidade dos aplicativos WEB 2.0. Como medida emergencial o acesso a estes sites, principalmente Orkut e YouTube - considerados serviços "não essenciais" pelo Comitê Gestor - poderá ser racionado ou inteiramente bloqueado até o final do ano.



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17 agosto, 2007

Fwd: eumesmo

Dia 29 de Abril

- Cheguei por volta de 9:30/10hs
- Começei a mecher no site do CulturaViva e decidi que vou deixar o
layout funcionando perfeitamente no Linux/Firefox, pra depois
concertar os erros com o Internet Explorer
- O Metal me ligou pedindo que gerasse um disquete de boot do lilo e
mandar pro hugo, pois o webserver tava com pau no lilo e, portanto,
fora do ar
- Feito disquete e enviado por e-mail para o hugo
- O Hugo me liga e pede para que eu vá até lah para ajudá-lo a colocar
o servidor no ar dnovo (eu aceito e digo que pode mandar o carro)
- Estava saindo, fui avisar pro vitor e ele coitou a minha saída
dizendo que o ananias é quem teria que resolver esse tipo de coisa,
insisti dizendo que o site do minc estava
fora do ar e, por se tratar de uma emergência e o ananias estar em
casa, eu achava melhor ir logo. Ele fez questão que eu ficasse e disse
que havia ligado para o ananias,
e pedido ao mesmo que entrasse em contato com o Hugo.
- 15 minutos depois do vitor me pedir para ficar, eu ligo para o hugo
para avisar que eu não iria mais ateh lah, e perguntar o que ele tinha
resolvido com o ananias. O Hugo me disse q o ananias não tinha entrado
em contato com ele, e insistiu para que eu fosse ateh lah pois a coisa
estava grave.
- Como vi que o ananias não tinha se dado conta da seriedade da
situação, fiz questão de ligar pra ele e coloca-lo para falar com o
Hugo. Após isso, liguei pro hugo, e ele me disse que
o ananias o estava ajudando atravez do ICQ. Me ofereci para ajuda-lo
pelo telefone caso fosse necessário.
- Meia hora depois do último contato com o Hugo, ele me liga e pede
que eu o ajude, pois o ananias estava (aparentemente) com problemas na
conexão. (pedi para o vitor que ligasse
novamente para o ananias e explicasse a gravidade da situação. O vitor
disse que jah havia feito isso, e que a providência tomada pelo
ananias tinha sido "levar ao hugo um CD do debian". Percebi que o
ananias não estava podendo ajudar e decidi eu mesmo auxiliar o hugo
(por telefone) no que ele poderia fazer.),
- Liguei para o hugo e passei para ele alguns comandos possíveis e
algumas coisas que poderiam ser feitas (bootar com o CD do kurumin e
entrar no sistema que estava inacessível para tentar arrumar o
problema com o lilo). Como estava ditando passo a passo para o hugo,
foi uma operação demorada.
- Perto da hora do almoço, consegui falar com o metal (responsável
pelo servidor, mas q estava em BH) e o coloquei para falar com o Hugo.
- Fui almoçar
- Quando voltei, recebi uma ligação do hugo falando que nada tinha
sido resolvido, e que ele tinha montado um outro servidor para que o
metal configurasse e que pudesse ser colocado no ar. Falei com o metal
e ele me pediu encarecidamente que tentasse ajudar o hugo a resolver o
problema aki, pois configurar o outro servidor (à distância) iria dar
muuuito trabalho.
- Liguei para o Hugo, e passei mais alguns parâmetros de programas que
poderiam ajudar.
- 20 minutos depois do último contato o Hugo me liga para agraescer e
avisar q, com os últimos parametros que eu passei e usando novamente
os que eu havia passado anteriormente, ele havia conseguido colocar o
servidor de volta.
- O site do minc e o organize voltam depois de fikar quase o dia
inteiro fora do ar. (fiko achando que se eu tivesse ido lah antes do
almoço, talvez pudesse ter ajudado a resolver o problema muito antes.
Acho que o vitor estah certo em não querer que eu faça esse tipo de
coisa, mas também acho q casos de emergência são "casos de emergência"
e devem ser tratados (por todos) como tal. Me decepsionei um pouco com
o ananias, que podia ter se empenhado mais em ajudar a resolver esse
problema q era bastante sério.)
- (16hs) Continuo com o site do cultura viva.

30 de Abril
- chego por volta de 11hs e, após ler alguns e-mails, continuo a
trabalhar no site do cultura viva, com esperança de acabar isso ainda
hoje.
-

--
( :>



16 agosto, 2007

Re: [estudiolivre] identidade EL: Cultura ou Sofware livre?

boa léo!!!

qual é a dos nozes, então?

Cultura ou Software, eis a questão do léo. Achei boa. Temos que definir qual corte queremos dar, com nossas ações. Me impressiono agora, pensando, em como são diferentes e semelhantes esses assuntos... com um pertence ao outro, e o outro pertence ao um. A cultura de softwares e os softwares para cultura...

pq não Softwares para Cultura Livre?
ou Cultura para softwares Livres?

ou que tal, liberdade para todas as culturas... inclusive a do software.

ou não, também.

On 8/16/07, Leo germani wrote:
opa,

reflexão rápida sobre todas as crises e discussões q rolaram por aqui nos ultimos tempos. Poderia ser uma das pautas pro encontro presencial. Na minha opiniao, essa reflexao resolve mais da metade dos problemas. A reflexão é a seguinte:

A que o EL se propõe? Propõe trabalhar com cultura livre ou com software livre?

No segundo caso, do software livre, o EL poderia muito bem adotar uma politica no acervo de só aceitar produções feitas em SL, assim como manteria sua política de não utilizar ferramentas proprietárias, como o flash player, no acervo. As pessoas interessadas em publicar material para grande circulação, sob licenças alternativas ao copyright tradicional ou não, já contariam com diversos outros serviços por aí, e não teria por que o EL fazer isso tb.

No primeiro caso, da cultura livre, o EL se preocuparia em dar vazão a produções que tivessem em sua essência o processo de produção e distribuição livres, mais do que se preocupar com qual ferramenta o software foi produzido. Apesar de incentivar e dar destaque as produções feitas em SL, o EL aceitaria (como ainda aceita) publicação de material produzido em software proprietário no acervo e poderia, eventualmente, adotar o uso de um Player proprietário para popularizar o acesso ao acervo por qualquer um. O EL poderia tambem restringir as opções de licença somente aquelas que são consideradas licenças livres pela comunidade, garantindo que um vídeo, mesmo que feito em software proprietário, possa ser remixado e reproduzido como se faz com o software livre.

Acredito que nessa ambiguidade more muitas de nossas crises. EL nasceu de um grupo de entusiastas e ativistas de software livres multimidia, mas logo foi cooptado pelo governo para com a missão de dar vazão as produções livres dos pontos de cultura e passou a ser um acervo aberto para todos...

Note que atualmente o EL é um misto dessas duas divisões que eu fiz. Por exemplo, ele não usa o player proprietário, mas aceita uploads de coisas produzidas em software proprietário e com licenças restritivas...

qual é a missão do EL?

Leo,,

--
leogermani.pirex.com.br
leogermani.estudiolivre.org.br

________________________________
Lista de Discussão do Estúdio Livre
portal colaborativo  -> http://www.estudiolivre.org/
sobre esta lista -> http://lists.riseup.net/www/info/estudiolivre



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''Um texto para hackers e leitores inteligentes''

Em defesa da Pirataria Legítima

Um texto para hackers e leitores inteligentes

pirate ship

Jorge Machado


Atualizado em 06
.08.2007
(se copiar esse texto, manter a formatação e estilo)

Alguns amigos da indústria têm usado eficientemente os veículos da imprensa para culpar e criminalizar crianças, jovens e adultos que compartilham arquivos na Internet, tratando-os da mesma forma que aqueles que fazem comércio ilegal. A ambos dão o nome de “piratas”. No nosso ponto de vista, compartilhar é uma coisa, comercializar é outra.

Não culpamos os jornalistas, pois sabemos que a grande mídia não vive do anúncio de gente pequena, mas de grandes empresas. Sabemos que não é escolha deles.

Entendemos que existem algumas confusões a respeito das práticas de compartilhamento. O que são produtos piratas? O que é o compartilhamento pela Internet? Qual é a diferença entre comércio e pirataria? Quem são os piratas? Que tal entendermos o contexto do problema para responder a tais perguntas?

O objetivo desse texto é, de forma simples, direta e divertida, proporcionar uma visão mais global sobre essa questão. Vamos falar da pirataria do Caribe, já que seus símbolos são referenciados freqüentemente pelos amigos da indústria.

Segundo um amigo nosso, foi uma corporação de editores monopolistas de Londres, chamada Conger, a primeira a usar o termo “pirata” para o comércio ilegal. Isso em meados do século XVIII, quando adquirir livros a preços justos era algo impensável, pois os livros dessa corporação custavam cerca de três vezes mais que os produzidos pelos colegas escoceses. Para a felicidade de todos, a Conger não existe mais. Mas o termo “pirata” para se referir ao comércio ilegal ficou.

Pela forma com que os piratas são retratados na imprensa, eles deveriam ter poucos amigos. Nós afirmamos que eles têm muito mais amigos do que parece - além das crianças. Apostamos que os leitores desse texto gostarão mais ainda dos piratas. Nós, que defendemos o compartilhamento, viemos aqui limpar a honra deles – na verdade a nossa própria barra, já que somos chamados de “piratas”. A partir de alguns exemplos históricos, vamos mostrar o que é a pirataria legítima. O leitor inteligente vai deduzir o resto.

Um texto para todos os tipos de hackers

Escrevemos para os hackers. Quem é o hacker? É o sujeito que adora fazer perguntas. Ele não se conforma em ficar com uma dúvida e está sempre buscando a resposta. E a cada resposta pode vir uma nova pergunta. Ele quer ver como é “de verdade”, como funcionam as coisas. Ele está longe de ser o sujeito típico saído da maioria de nossos sistemas educacionais! Pois gosta de questionar!

O hacker adora desafios! É assim que ele aprende. Não nos referimos apenas ao hacker do computador, mas ao da Música, das Letras, das Ciências e das Artes, pois há hackers em todas as áreas. Se está pensando que o hacker é criminoso, explicamos: o que comete crimes se chama cracker. O hacker é o do bem. (Anota aí, amigo jornalista).

O bom cientista sabe que a ignorância é o motor da ciência. Ele precisa analisar, checar, ir mais a fundo. Que tal explorar as incertezas, considerando que as respostas obtidas são, no máximo, temporárias? Assim é o hacker. Ele está sempre atrás do conhecimento. E isso consegue através dos OUTROS. E quando descobre algo interessante, mostra à comunidade. Os hackers perceberam que se cada um compartilha com a comunidade o que sabe, todos saem ganhando. No final, uns ajudam os outros. E com isso surgem muitas inovações. Por isso, o hacker mais apreciado é aquele que dá maiores contribuições à comunidade. É assim que ele cria. Os bons artistas e cientistas se parecem com os hackers. São atentos a tudo que ocorre a seu redor. Estão sempre ouvindo e lendo algo, buscando novas idéias. E precisam mostrar o que fazem aos OUTROS, pois se realizam através do reconhecimento que a sociedade lhe dá.

E que eles têm a ver com o pirata? Veremos adiante.

O que significa pirata?

O termo pirata vem do grego peiratés (πειρατής), que vem do verbo peiraooo (πειραω), que significa "esforçar-se", "tratar de", "aventurar-se". O termo peiraoo também está relacionado com apeiratos que significa “experimentado”.

Vamos diferenciar bucaneiros e filibusteiros de piratas. Os primeiros atacavam barcos, tinham hábitos pouco saudáveis e estavam fixado nas costas. Os filibusteiros usavam embarcações bastante leves e não possuiam meios nem conhecimentos para navegar em alto-mar. Os piratas viviam em alto-mar. Suas embarcações eram maiores, adequadas e equipadas para longas viagens. Para atravessar grandes distâncias era necessário ter conhecimentos náuticos e astronômicos avançados, além de mapas detalhados (que eram raros, secretos e caros). Ademais, tinham que ter uma forte disciplina e planejamento para enfrentar longas viagens e as intempéries de quem navega em águas pouco conhecidas. Não devia ser fácil. Ou seria?

Os corsários, eram piratas com carta de corso. A carta de corso o colocava em proteção de algum Estado. Tanto entre piratas e corsários, as tripulações eram de várias nacionalidades e origens, incluindo negros livres e indígenas. Em geral, cada membro da tripulação era selecionado por suas habilidades. Também havia músicos e pintores nos barcos. (Pensa aí, hacker, se você fosse o capitão, quem você ia colocar no seu barco?)

Como surgiram os piratas?

Nos limitemos aos fatos. Havia um Império que queria exercer domínio sobre os mares. Sua frota era conhecida como “La Armada Invencible”. Tempos de Felipe II, rei da Espanha. Esse Império havia construído um notável monopólio comercial com suas colônias e controlavam as principais rotas. Eram terras que foram tomadas da população indígena. Também eram tempos da Inquisição, do uso da religião para a expansão do poder. Aquele império usava a mão de obra escrava para extrair e transportar as riquezas que roubava. E o que faziam as “grandes nações” na época? Ou eram aliados ou estavam dominados pelo medo. E a máquina de guerra era alimentada pela riqueza saqueada da América.

Nesse ambiente surgiu a pirataria no Caribe. Durante muitas décadas, a única resistência que os espanhóis encontraram nos mares veio dos piratas e corsários, apoiados pelo povo livre da costa.

A galera e os piratas

Os piratas usavam muitas artimanhas para capturar um barco. Uma delas era navegar a grande distância, fora da visão da embarcação a ser atacada, e esperar dias até achar o momento certo para se aproximar - como uma manhã com denso nevoeiro – com seus barcos leves e velozes.

Não havia escravos em barcos piratas. Quando atacavam, seja uma colônia ou um galeão, os escravos encontrados eram libertados. Sabe uma forma de reconhecer um pirata? Por esse grito:

-AFUNDEM AS GALÉS!

Galé é o nome dado aos barcos remados por escravos. O galeão (galeón) era uma galé grande. Grande para caber bastante produto roubado. Eram máquinas movidas a escravo. E estes, quando não serviam mais, estes eram jogados ao mar.

Para pirata, lugar de Galé era no fundo de oceano!

Um barco pirata era a grande esperança de liberdade para quem vivia na galera (aah rá... agora sabe de onde vem o termo!). Por isso a GALERA estava sempre ao lado dos piratas. Era só encostar o barco que começava a rebelião lá embaixo. E da GALERA surgiram grandes piratas! (Percebeu hacker? No nosso lado é a torcida é grande!).

Os negros fugidos eram chamados pelos espanhóis de cimarrones. Cimarrón é o nome que davam para animal doméstico que escapa de seu dono. A forma como tratavam os índios não era muito diferente. (Hacker, isso foi no passado, hoje a Espanha é um dos países onde os piratas têm mais amigos! Viva Espanha!!)

Os negros livres e os índios eram os grandes amigos dos piratas. Foi com os índios que os piratas conheceram o tabaco e adquiriram o hábito de usar o cachimbo. Para os índios, o tabaco é sagrado, tem que ser puro e não se traga (não é isso que se vende misturado com pesticidas, fungicidas e aditivos viciantes). Através da fumaça do tabaco, acreditavam poder ”limpar” as energias ruins e conectar com seus ancestrais e as forças da natureza. Foi assim que ensinaram aos piratas. Eles também aprenderam algumas coisas estranhas com os índios: que havia muitas entidades mágicas na natureza e que se podia contar com a energia e poder dos animais. E piratas gostavam muito de serpentes, dragões e aves. Para os piratas, assim como os índios, tudo estava ligado na natureza. (Energias e seres mitológicos... Até parece coisa de oriental, não é hacker?! Ah, hacker você deve ter lembrando que tem dragão até na mitologia nórdica! E diz a lenda que foi um chinês resgatado no oceano que os ensinou que brinco na orelha num certo ponto estimula a visão).

E essa coisa de tapa-olho? Será que todos os cegos da época decidiram virar piratas? Você acredita nessa história? Fala sério! Já deve ter sacado que o tapa-olho cego era para aguçar a visão. E tem mais, servia para confundir o adversário na luta corporal. Pensa aí, hacker: bastava um movimento do corpo ou uma brisa do mar para aquele pedacinho de pano subir...

Nas aldeias indígenas e nas comunidades de negros, podiam descansar, reparar o barco, conseguir víveres e preparar suas próximas empreitadas antes de ficar semanas no mar. (Será que alguém acredita que os piratas eram camponeses que plantavam mandioca e banana?) O povo livre da costa era fonte preciosa de informação sobre o movimento dos barcos espanhóis. Quem tem muitos amigos se sente bem protegido, percebeu? Principalmente se você está contra aqueles que tratam seus amigos como se fossem gente indigna. Trate bem eles, pois quando precisar deles, estarão contigo. Diz aí, se você morasse na costa também ia dar uma mão para os piratas, não é!? Aposto que sim? (Ah rá... Aposta é coisa de pirata! E tem povo que adora apostar até hoje! Que falem nossos amigos ingleses!)


Piratas fazem comércio?

Piratas faziam ESCAMBO. Registra: E-S-C-A-M-B-O. Escambo significa TROCA. É a troca direta de excedente. Piratas não eram comerciantes. Comércio não é pirataria. Comércio é comércio. Pirataria não tem dinheiro envolvido. No máximo, serve como medida. Repito, medida. Pois nossa mente precisa de medida para calcular, dividir.

Onde você acha que os piratas podiam depositar seu dinheiro? Você acha que os paraísos fiscais do Caribe existiam naquela época? Banco de pirata? Só se for embaixo da terra, mas sem taxas de juros, correção monetária e com o alto risco de não achar mais o endereço!

Ah rá, hacker! E você comprando a história errada esse tempo todo! Andava com a consciência pesada, não é? Não carregue esse peso nas costas! Registra aí:

ESCAMBO = TROCA

COMÉRCIO = COMPRA E VENDA

Anotou? Nem precisa. Você é uma cara inteligente, não esquece nunca mais!

Quem faz comércio não pode ser chamado de pirata. Pirataria Legítima é troca!

Quando alguém chamar um camelô de pirata, você pode falar: “Pirata o escambau!” E escambau vem de escambo! Hacker, se quem troca é pirata, você é um!

Pirata dividia mesmo. Chega a ser engraçado. Em museus europeus é possível ver peças de ouro e prata com marcas de machadadas. Só assim para dividir as peças grandes! E imagine as cacetadas para quebrar o metal! Pelo visto, às vezes não dava certo!

O que era tomado era dividido para possibilitar outras trocas. E quem vive de troca, tem que fazer as coisas circularem. O barco de pirata tinha que ser levinho para navegar rápido. E quem tem muitos amigos em diferentes lugares, pode se dar ao luxo de levar pouca coisa! Quem leva muita coisa é galeão do Império, que tem de ser grande para caber todo o produto do roubo (Hacker, naquele tempo não havia petróleo!). Além disso, eles precisavam pagar as guerras que eles ficavam arrumavam mundo afora. Ah... Você deve estar pensando “que bom que os piratas deram uma lição nesses malvados! Eles iam gastar tudo com bobagem!” Isso mesmo, o problema era que na época ninguém podia dar umas palmadinhas nos bumbuns deles. Exceto, é claro, os piratas!

Recapitulando

Um Império cujo poder se apoiava numa enorme máquina de guerra e em monopólios econômicos, que se alimentam reciprocamente. Apesar das injustiças, nenhuma nação era capaz de enfrentá-lo. Algumas, inclusive, se aliaram cômoda e cínicamente a ele. É esse contexto que surgem os piratas e seus amigos ousados, com seus barcos leves e rápidos. Uau, dá um filme muito legal. E bem atual!

Está certo que os piratas fizeram suas maldades, mas agora estamos em tempos de procurar a paz e fazer novos amigos. Vamos estender as mãos para aqueles que têm problemas com os piratas da informação. Os primeiros a serem convidados a subirem no nosso barco serão os advogados. Depois, os nossos amigos jornalistas. Depois os políticos e empresários. Compartilhamento é isso: é estender a mão e passar adiante, semeando novos amigos.

Nossos amigos advogados são muito inteligentes. Assim como os piratas, gostam de porto seguro. Os advogados sabem que é próximo a um porto seguro onde se constrói uma boa fortaleza. Eles vivem fazendo cálculos métricos com base nas leis e nas vírgulas das leis. Esses caras são inteligentes mesmo. E pessoas inteligentes gostam de desafios! Que tal atravessar o oceano se orientando pelas estrelas e com a luz do luar?

Consegue imaginar o céu estrelado visto do alto-mar? Inspirador, não? Dá para imaginar navegar sem farol, sem radar, sem GPS, sem o etcétera eletrônico? E se surge um rochedo no meio do nada? Deveria ser emocionante, não é, hacker? Eram as estrelas que guiavam esses caras! Também, olhar para onde mais? Em todo caso, tinha que ser fera, não acha?Hajan intuição para isso! Será que bêbados, brigões e gente fora de forma ia agüentar essa parada? Bucaneiro tem que dar um jeito na própria vida para virar pirata! É como cracker querendo dar uma de hacker. Fala sério!!

Os caras de hollywood deveriam pensar nisso antes de fazer o próximo filme sobre piratas!

Compartilhamento é a única forma de Pirataria

O comércio de informação existe devido aos monopólios que geram um bloqueio artificial. Se o amigo vende CDs ou filmes está apenas tirando proveito de uma situação que provavelmente não foi ele quem criou. O que ele comercializa não é um produto pirata, são apenas cópias ilegalmente vendidas. Não existe produto pirata. Pois pirata não produz “produto”. Existe produto falso. Mas isso não é coisa de pirata, que não faz comércio! Se algum “pirata” estiver fazendo comércio, ele é um falso pirata!

A regra é simples: tem dinheiro na jogada não é pirataria. Senão se convenceu, leia essa história da Vovó.


O delicioso bolo da vovó

oma Imagine um bolo suculento. Digamos que seja um bolo de chocolate recheado com castanhas. Muito mais que isso, foi feito por quem? Pela Vovó! Isso mesmo, falamos daquela senhora maravilhosa que sempre te bajulou. A Vovó tem bastante tempo disponível para fazer as coisas com carinho para seu netinho. E ela quer fazer tudo o que não pôde fazer quando era mãe. É como ser “mãe pela segunda vez”. Não é assim que elas falam?

Imagine aquela delícia do bolo da Vovó. Feito com aquele jeitinho e experiência que só ela tem. Ela sabe exatamente como fazer o bolo para te agradar. Hum, dá água na boca! E você esperou a semana inteira pelo bolo. Até sonhou com ele. Aquele recheio derretendo na sua boca... Humm

Você chega na casa da Vovó, e ela está fazendo o bolo. Imagine aquele cheiro delicioso vindo da cozinha. Uahhh! Seu estômago está roncando. Ela diz para você comer um biscoitinho ou uma fruta enquanto espera sentado na sala. Você nega categoricamente. Seu estômago já estendeu um tapete vermelho para o bolo. Tem que ser o bolo! Compreensível, você esperou a semana inteira por essa delícia, não é agora que vai “jogar a toalha”, não é hacker?!

O tempo se arrasta. Suas pernas já estão trêmulas. Você já perguntou umas três vezes “falta muito, vovó?”. De repente, ouve a voz amável da velhinha avisar lá da cozinha “O bolo está pronto, netinho”. Antes de você pular do sofá, a Vovó logo emenda: “Mas tem que esperar esfriar antes de comer! Nada de comer antes da hora!”

O bolo repousa solenemente em cima da mesa. Aquele cheiro já havia se espalhado por toda a casa e arredores. Você está quase surtando. Seus instintos mais primitivos ameaçam vir à tona. Mas você se controla. Afinal, você é um cara do bem, um hacker, não um cracker. Onde já se viu, magoar a querida Vovó!

Você esperava pacientemente na sala. Sorrateiramente, algum espertinho pula o muro, entra sem ninguém perceber na cozinha e ZAZ! Leva o bolo!!

A Vovó volta para a cozinha, não vê nada. Vai a sala e lhe diz: “Seu fominha, que fez com o bolo?! Não lhe falei para esperar!”

Você fica chocado. Algo grave aconteceu. Com a voz embargada, só consegue balbuciar, “nã-não fui eu!”. A Vovó, essa senhora que limpou muito seu traseiro, te conhece pelo avesso. Ela percebe que não está mentindo e se dá conta de tudo: “Não pode ser!”.

Pânico e desespero. Onde está o bolo da Vovó?! Não pode ser verdade! Que pesadelo! Levaram o bolo da Vovó! Você e a vovó correm para a rua. Imagine a cena, hacker: você quase morrendo de esperar o bolo e alguém faz uma dessa! Só pode ser cracker!

“Devolva meu bolo, seu malvado!” grita a Vovó, inutilmente com todas suas forças olhando um e outro lado da rua.Alguns vizinhos saem à rua (Ah rá... E ficaram sem o naquinho também!). Alguém grita: “Chamem a Polícia, levaram o bolo da Vovó!”

(Tá vendo, Vovó. É a desigualdade social. Que tal se todos tivessem acesso ao seu bolo? Onde estão seus ideais? Acha que não dá mais para mudar o mundo nessas alturas? A vovó achou que ia passar sem críticas nessa história? Nada disso, a gente quer que você vá dar uma mão pro seu netinho, antes que processem ele por compartilhar arquivos...).

Foi-se o bolo da Vovó. Que experiência traumática. Não vai chorar, hacker!?

Agora imagine que alguém pula o muro, leva o bolo, mas, incrivelmente, ele continua lá! No mesmo lugar, sobre a mesa!! Como isso? levaram o bolo, mas ele continua lá!

Depois outra pessoa leva. E outra. E outra. E outros levam dos demais. Que loucura é essa?!

Com a informação é isso. Passou o tempo em que os espanhóis, e antes deles, os índios, perdiam seu bolo, digo seu ouro. Agora são tempos de paz. Tem para todo mundo. Os piratas da informação não precisam dividir peças a machadadas, nem bolos a facadas. Já foi o tempo em que se espetava alguém para conseguir o que se queria. Hoje, simplesmente se consegue uma cópia perfeita sem tirar nenhum naquinho do original para se compartilhar com os amigos. E o bolo continua onde está! Não é lindo isso?


A Internet é uma Rede de Compartilhamento!

A Internet é uma rede de compartilhamento. Ela foi criada para compartilhar: a) banco de dados; b) banda de transmissão; c) processamento de dados.

Isto significa que se você está usando ela, está compartilhando. Que outra coisa alguém esperaria de uma rede feita para o compartilhamento? Parece tão óbvio, mas tem gente que ainda não captou! Ou será que não querem entender? Dá para ser mais claro?

Numa rede de compartilhamento, como evitar que se compartilhe? Impondo barreiras inúteis? Violando a privacidade? Processando milhares de jovens?

Num cabo de fibra ótica com a espessura de um fio de cabelo passam 17 bilhões de bits por segundo. É uma torrente de bits. É informação que flui como luz, colorida como um arco-íris. Nessa luz, circulam imagens, livros, sons. Enfim, a criatividade humana. Dá para imaginar que tem amigo que insiste em botar sujeiras de bits inúteis, ineficientes e dispendiosas no meio do caminho?

Como sustentar uma artificial escassez de bits? O que faz a Internet ser o que é, é o fluxo. A pirataria legítima é bolo da Vovó para todo mundo! Se a Vovó quiser vender, problema dela. Os piratas não vão impedir, mas já que tem para todo mundo, não vão deixar de comer também!

Esse discurso é legal. Mas e o autor, como é que fica?

O autor é muito importante. Tão importante que cada vez mais o chamamos de criador. Bonito, não é? Mas, o mais honesto seria chamá-lo de co-criador. Pois ninguém cria sozinho. Vivemos em bolhas? Se vívêssemos numa bolha, seríamos uma bolha dentro da bolha. Se algum artista acredita que cria só, deve ser um artista-bolha!

Graças aos OUTROS somos muito mais do que bolhas. Pois os OUTROS passam as idéias para nós desde que nascemos. Ou melhor, antes, desde a barriguinha da mãe (Se não acredita, pergunta à sua mãe ou à Vovó, hacker).

O que é, afinal, o autor sem os OUTROS? Ainda bem, que não precisamos pagar por todas as idéias que utilizamos dos OUTROS! Imagine como citá-los, nominá-los, pagar royalties? Não dá para conceber. Seria uma impropriedade intelectual! Ufa! Ainda bem que existem os OUTROS para nos passarem suas idéias! Cada coisa legal que dá para criar a partir das idéias dos OUTROS!

Será que o autor, ou melhor, co-criador, não deveria devolver o que criou a partir dos OUTROS? Ah... Rá Hacker... Você já deve ter percebido que não é o autor que está querendo impedir! Alguns deles estão meio na dúvida, é claro. Mas o problema é que alguns amigos nossos que gostam de falar no nome do autor, não estão pensando nele, mas sim no seu próprio bolso.

E os OUTROS?

- Ah, mas quem se importa com os OUTROS hoje em dia?

Nós, os piratas da informação, nos importamos! Por isso, compartilhamos com os OUTROS! Não sabemos exatamente quem são os OUTROS, mas estamos agradecidos por AINDA existirem. E não estamos muito felizes com a atual situação. Pela simples razão que o “seu” e o “meu” está atrapalhando a criatividade. Esse é o foco do conflito.

Conclusão

Navegar e criar com liberdade. Isso é algo muito importante. Estamos em um tempo de paz e pedimos para nossos amigos que parem de controlar ou tentar censurar a Internet. Cuidem dos crimes comuns, do comércio ilegal, dos problemas ambientais e sociais. Imaginamos que nossos amigos não vão insistir nessa coisa suja de violar a privacidade. Não roubamos o bolo da vovó de ninguém. Ele está lá, é só olhar.

A esta altura, nossos amigos perceberam que o conhecimento e a criatividade dependem do acesso à fonte. Perceberam que é graças a nós, que compartilhamos sem exigir nada em troca, que a Internet é tão interessante. Perceberam que a fonte da criação tem que estar sempre acessível para que a criatividade não pereça. Como seria a rede se ela tivesse sido desenhada por advogados conservadores? Uma infinidade de autorizações, licenças, avisos, advertências, dispositivos anti-trocas, obstáculos e burocracia de todo tipo? Talvez os cibercafés tivessem que funcionar dentro de cartórios. E se a Rede fosse desenhada apenas por empresários interessados em encher o próprio bolso? Só se poderia navegar com cartão de crédito. Seria como viajar de táxi. Nem todos poderiam pagar, não é verdade?

Como seria a Internet se fosse do jeito que alguns querem? Muitas das inovações que proporcionam lazer e alegria aos nossos amigos talvez nem tivessem existido. Pensa aí, não foram hackers que fizeram muito daquilo que você mais usa?

O problema da rede é que foi desenhada para servir aos OUTROS. Mas, a maioria das pessoas não tem sido educadas para servir aos OUTROS. Entendemos que a sociedade não deve se organizar de forma que o indivíduo possa tirar o máximo de proveito dos OUTROS, sem dar nada em troca. E pior, que se aproprie daquilo que é dos OUTROS, como se fosse exclusivamente seu! Nõs perguntamos: quais são os direitos dos OUTROS? Cada vez mais os OUTROS se parecem com o povo que vivia na galera: ajudavam a enriquecer alguns poucos, mas mal tinham ar puro para respirar!

No passado, havia galeões bem protegidos que não gostavam de pirata. Talvez não existisse outro símbolo maior de injustiça naquela época do que aqueles galeões cheios de riqueza roubada, empurrados pela força de escravos, saindo de um triste porto rumo à Europa.

No entanto, andavam tão carregados que eram lentos demais. Bastava uma pequena névoa para um de nossos barcos encostar. Aquele Império tinha medo dos piratas, pois sabia que a galera que levava o barco estava do lado deles! Além disso, na nossa perspectiva, faltava apenas um pouco de coragem para o marujo da galeão mudar de lado. Qualquer um era aliado em potencial, até mesmo o capitão! Bastava aceitar COMPARTILHAR. Mas essa era uma linguagem que aquele pessoal não entendia. Por que? Porque não aprendeu a COMPARTILHAR.

Nossos amigos são inteligentes para perceber que não somos contra o comércio que fazem, queremos apenas continuar a fazer nossas trocas livres com o povo miúdo que vive na costa.

Embora eventualmente alguns de nossos amigos queiram criar inimigos para justificar suas atitudes, insistimos que desistam disso. A história mostrou que não se podia dominar os piratas pelo medo.


Valeu hacker!

* Jorge Machado, USP, Brazil
machado(a)usp.br

Agradeço a Júlio, Paula, Miguel e Felix pelos comentários.

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